terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Hiato
No bafio da noite a luz subtrai-se das coisas, dissolve-se por entre os dedos... e espreguiça-se lentamente.
A candura dos umbrais esconde-se nas esquinas de soslaio. Pardacentas, as sombras diluem-se furtivamente.
Sigo-lhe os passos e trepo ao alpendre.
Recosto-me no mármore embrutecido. Investigo uma fenda por descaso...
Cresce na luz o meu rosto debelado pelo breu. Varro o horizonte sobranceiro e apenas me demoro nas coisas que quero espiar.
De mim para comigo sorrio.
Faço-me acompanhar
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1 comentário:
Bravo mais uma vez... sim senhora... gostei. Continua.
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