sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Drible

Perco um vulto no horizonte difuso. Quero-te assim. Indistinto. Para te ir perdendo e nunca perecer na necessidade de te encontrar. Que busca, rebusca e tanto ofusca por não vislumbrar, o que de mais não se vê, não porque te não veja, mas por não saber mais por onde espreitar. É longa a espera, para quem desespera por não o encontrar. E mais doce a surpresa de se saber que no fim se pode até não ter onde se chegar. É estranho o vocábulo que se enrola e rabisca, se engole e se despista sem nunca se esgotar... É estranho que insista, se esperneie e se dispa ... se daqui não vai saltar. É pois fruto, é vontade de quem… por se ver aqui, teimou por não ali ficar.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Capricho

Enfureço-me... alma sedenta de TUDO!Paredes tão CHEIAS de nada.

Quero deitar-me assim na noite.. sobre ela.. dentro dela..................................... sem veste que me cubra. (...) (Dispo-me..) Aos meus olhos a luz do relógio desenha contornos disformes do corpo de alguém - frio - sinto frio!

Está FRIO! O frio percorre-me em TU MUL TO !! !! !!

Deixa-o ficar! Quero sentir frio....! QUERO ATÉ GELAR se gelo for...huummm

Quero deitar-me assim na noite..O frio entorpece-me os membros.. Dá-me um arrepio de prazer vencer assim a merda deste silêncio! Sinto frio.

Desenho meu tronco.. a mão queima a pele que a repele...Sabe bemmm...

Sabe tão bem..

Não te ter assim SÓ porque te tenho.

Não te ter assim.. somente...

...somente como queria a noite.. que nela eu me deitasse e nela ardesse com a ausência de ti.

Fica mais um pouco!FICA! JÁ DISSE!


Verdades? Diz-me quem as tem? Perdes-te? Mas perdes-te onde? Diz-me que te trago para mim...O dia corre... lento e estúpido... LONGE dos meus sentidos! Não oiço os sons que as coisas fazem... irritam-me os gestos desconexos, irreflectidos... dos outros, DE TODOS... DE MIM!!!!LEVA as palavras ocas juntamente com o vazio dos teus olhos.. não vos quero! Não é real a voz que te materializa... não é tua... não é minha... ... ... ... ... silêncio acutilante... ...

(...................................)

Emerges entre um e outro delírio? Olhos cerrados como que em gesto de desmaio...sangue que corre, SANGUE que em púlpito CORRE para que VIVAS... para que vivas... para que vivas... para que vivas... para que vivas... para que vivas... para que vivas.. PARA QUE VIVES! DIZ-ME PARA QUE VIVES? Diz-me........................... diz-me... que quero que mores outra vez em ti...

Sentido Proibido


É um impulso, embriagante... ExtenuaNTE... É como que um grito que não se esgota no fôlego! Que nasce da vontade... mas não se concretiza na voz.Perscruto este momento com a paixão das minhas palavras.. que não insultam este silêncio que tanto admiro no meu pensar......

Pensar que se exprime suavemente no rasgar dos meus lábios... perante a insensatez da conclusão a que chego. As frases CHOCAM sem sentido, ou com esse sentido que procuro, sem pistas claras, num caminho encoberto de tantos ramos que desconheço....... de TANTAS valas que DESCONHEÇO... de tanta luz que me ofusca... de tantas quedas... que me fortificam...

Caminhada que vou seguindo... conhecendo cada vez mais a palma das minhas mãos... que tantas vezes me sustentaram... que desafiam o meu alcance... que se tornam cada vez mais MINHAS! ... que me tornam cada vez mais tua... sempre que as alcanças despercebido...................sempre que mais duas me sustentam... mesmo que outras esmurrem a minha face...

Raptus Meus

Raptus Meus 21:37

cria-se
um lugar no tempo
maior do que muitas vezes
.....o (...)
o ...espaço
(de tão grande nos sufoca)

Aí se sonha
que nas palavras nos sabemos
nos vemos maiores
do que as imagens do dia
nos querem dar a conhecer

sem que ninguém o saiba
assim

em surdina
vemo-nos em segredo......
sussurrando
-te
tudo o que nem sai
ou que nem sei
ou que nem queiras
e que eu nem saiba en fim dizer.

DesarRumos

3:47

Vagas de som se propagam........ o vazio alimenta as sombras do silêncio gritante que se passeia destilando petulãncia... é silêncio que ensurdece. que não se cala.


VOU queimar passos em círculos de teimosia, VOU com cada ponteiro sulcar o ar rarefeito, rasgo o ar com meus olhos... ah..... sim.......
____________________...............V
_________________________________o
___________________________________u..............................
(........................)
pé descalço..
a terra respira-me...
cada fôlego me sustenta..
batem meus passos to, cam to, cam to, cam to, cam

cada candeeiro ilumina o vulto... luz omissa e permissa fá-lo parecer qual película que se revela em gestos lennnnnnnnnnnntos..

______pau
____-ta -dos
__pe-las si-lhu-e
__-tas das casas ____
___recortadas pelo breu do céu salpicado de pontinhos (para dar um pouco de graça à tela que não o seria se eu a não tivesse desenhado)

.As coisas passam CORREM em janela de trem.. as formas desfocam-se.... os tons mitusram-es em cores disformes. Não. Não corro. Em TORNADO as fachadas, os rostos os lugares, as gentes, as esquinas, o asfalto, a terra, os carros.. todos se agitam FURRRRRRRIOSSSSSOS mas que.... mas que... mas que serena...a brisa que brinca com meus cabelos.. tão doce a angústia das palavras que nao oiço....

(Sorrio deliciado com o absurdo do devaneio.O conjunto nem tem piada!)

o vazio alimentou as sombras do silêncio gritante que se passeia destilando petulãncia... é silêncio que ensurdece. que não se cala.FUI queimar passos em círculos de teimosia, FUI com cada ponteiro sulcar o ar rarefeito, rasguei o com meus olhos... ah..... sim.......

______...............Fui... E em nada me espero, porque em tudo me vou esperar.