sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Drible

Perco um vulto no horizonte difuso. Quero-te assim. Indistinto. Para te ir perdendo e nunca perecer na necessidade de te encontrar. Que busca, rebusca e tanto ofusca por não vislumbrar, o que de mais não se vê, não porque te não veja, mas por não saber mais por onde espreitar. É longa a espera, para quem desespera por não o encontrar. E mais doce a surpresa de se saber que no fim se pode até não ter onde se chegar. É estranho o vocábulo que se enrola e rabisca, se engole e se despista sem nunca se esgotar... É estranho que insista, se esperneie e se dispa ... se daqui não vai saltar. É pois fruto, é vontade de quem… por se ver aqui, teimou por não ali ficar.

1 comentário:

Mindo - Soltar palavras! disse...

UAU!!! Muito bem. Não fazia ideia que a menina tinha assim tanto jeito e arte. Parabéns!! Continua... força. Hugs